Passaram pouco mais de 2 meses; Faltaria pouco mais de 1 mês.
Desculpa não falar mais vezes contigo. Tento apenas o inevitável - disfarçar a dor. E a vergonha.
Lembrei-me de ti esta tarde, ao ouvir uma das minhas músicas preferidas, uma das que queria dar-te a conhecer, dos meus tempos de adolescente. Chamar-me-ias chato, sem compreender o porquê do meu entusiasmo. Ou talvez não. Talvez ficasses fascinado e quisesses ouvir mais, conhecer mais. Mais de mim. Como cheguei até aí, como chegámos até aí...
Mas tudo não passa de um se, de uma dor, de uma vergonha.
Perdoa-me por te ter deixado só, naquela noite, de não ter feito mais por ti, não ter lutado mais por ti. Carrego e carregarei para sempre este peso, ao invés de te carregar a ti.
Peço-te que me perdoes na esperança de saberes e sentires o quanto te amei e amarei. Preciso que o saibas, mesmo que não compreendas porque te falhei. Onde quer que estejas, meu anjo.
Onde quer que estejas, estarás sempre comigo. Mesmo que eu te pareça distante.
Porque é que o Mar é Azul?
Acerca das férias
Em véspera de regresso ao trabalho recordo aquele momento Monty Python puro no 'Preço Certo'.
Em pleno palpite de preço de determinado produto e após os 3 primeiros concorrentes terem dado os seus palpites - respectivamente 31, 30 e 27 - o 4º concorrente tenta a sua sorte nos 31€. "Esse já está escolhido", intervem o apresentador.
O concorrente atira então 30€. "Esse também já está escolhido", repete o apresentador.
"Ah, então só pode ser 27€". Não sei o que disse o sr. Mendes porque não lhe prestei atenção.
Em pleno palpite de preço de determinado produto e após os 3 primeiros concorrentes terem dado os seus palpites - respectivamente 31, 30 e 27 - o 4º concorrente tenta a sua sorte nos 31€. "Esse já está escolhido", intervem o apresentador.
O concorrente atira então 30€. "Esse também já está escolhido", repete o apresentador.
"Ah, então só pode ser 27€". Não sei o que disse o sr. Mendes porque não lhe prestei atenção.
Sentido de oportunidade jornalístico perfeito
Após a reportagem acerca dos 10 anos passados do "Mães de Bragança", passagem para reportagem sobre o dia dos namorados...
Ó Noya, onde é que andavas tu (já agora - mais pertinente e interessante, diga-se - onde é que tens andado) naquele dia de Verão de 66?
Lembro-me perfeitamente desse dia. A minha mãe pediu-me para ir comprar sabão azul, que já não tinha em casa. "Dove, mãe, Dove! É melhor. É mais macio. Sei que não é tão cheiroso mas faz melhor à pele", disse-lhe, pronunciando as 4 letrinhas num inglês perfeito, querendo mostrar à minha mãe o que andava a aprender na escola e o quão natural me fluía a língua para o inglês.
"Mas que me interessa fazer melhor à pele se eu quero o sabão para tirar a nódoa a esta camisola?", respondeu-me. Com razão devo acrescentar. "Olha, e vai antes ao continente que este supermercado não tem", disse-me.
Ora, fazendo o continente - o hipermercado - parte do vasco da gama - o centro comercial - naquela altura (creio que ainda faz parte) e que este era no parque das nações tive que ir de carro. A pé não dava muito jeito, visto que de carro são 10 minutos.
A verdade é que me atrasei um pouco a regressar a casa. Estava a passar no cinema o 'Beleza Americana'. Já tinha visto o trailer, lido a sinopse e senti-me intrigado e ansioso por vê-lo. Apenas serviu para confirmar a beleza do mesmo (e as 2 repetidas idas - verdade! - reconfirmaram-no). Fiquei apaixonado.
No final, apesar de abismado e pensativo pelo que acabara de ver, não deixei de estranhar o facto de ter sido o único na sala, principalmente por ser a semana de estreia, mas enfim, acabei por não me estender muito nessa preocupação.
A caminho de casa, estranhei os cachecóis nas janelas. "Mas a selecção joga hoje? Não me lembro de ver nada acerca disso..."
Ao chegar a casa fora de tempo, impossibilitando a tarefa de retirar a nódoa das calças, e sem tempo nem hipótese de perguntar o que se passava naquele dia, fui de imediato posto de castigo, impossibilitando-me a saída com os meus amigos à noite. Se havia coisa que sabia era que aquele casaco de malha era importante e com a nódoa, tornava-se inutil, pelo que aceitei o castigo.
Mal sabia eu a sorte que me calhara, pois nessa mesma noite passou na televisão uma das minhas melhores memórias - Crime na Pensão Estrelinha. Herman José e companhia no seu melhor. Nunca mais esquecerei esse dia de Verão.
E o mais curioso disto tudo? Não é que Portugal jogou nessa tarde contra a Coreia do Norte para o mundial de 1966, num dos jogos mais emblemáticos de sempre? Valeu-me a tv por cabo, que me permitiu voltar atrás e ver o jogo. Nunca me esquecerei daquelas camisolas de um vermelho garrido a correrem sobre aquele manto verde lindissimo. Que jogo! Que alegria!
Foi aí que passei a adorar esse jogo chamado futebol. Até aí só gostava mesmo era de soccer.
Lembro-me perfeitamente desse dia. A minha mãe pediu-me para ir comprar sabão azul, que já não tinha em casa. "Dove, mãe, Dove! É melhor. É mais macio. Sei que não é tão cheiroso mas faz melhor à pele", disse-lhe, pronunciando as 4 letrinhas num inglês perfeito, querendo mostrar à minha mãe o que andava a aprender na escola e o quão natural me fluía a língua para o inglês.
"Mas que me interessa fazer melhor à pele se eu quero o sabão para tirar a nódoa a esta camisola?", respondeu-me. Com razão devo acrescentar. "Olha, e vai antes ao continente que este supermercado não tem", disse-me.
Ora, fazendo o continente - o hipermercado - parte do vasco da gama - o centro comercial - naquela altura (creio que ainda faz parte) e que este era no parque das nações tive que ir de carro. A pé não dava muito jeito, visto que de carro são 10 minutos.
A verdade é que me atrasei um pouco a regressar a casa. Estava a passar no cinema o 'Beleza Americana'. Já tinha visto o trailer, lido a sinopse e senti-me intrigado e ansioso por vê-lo. Apenas serviu para confirmar a beleza do mesmo (e as 2 repetidas idas - verdade! - reconfirmaram-no). Fiquei apaixonado.
No final, apesar de abismado e pensativo pelo que acabara de ver, não deixei de estranhar o facto de ter sido o único na sala, principalmente por ser a semana de estreia, mas enfim, acabei por não me estender muito nessa preocupação.
A caminho de casa, estranhei os cachecóis nas janelas. "Mas a selecção joga hoje? Não me lembro de ver nada acerca disso..."
Ao chegar a casa fora de tempo, impossibilitando a tarefa de retirar a nódoa das calças, e sem tempo nem hipótese de perguntar o que se passava naquele dia, fui de imediato posto de castigo, impossibilitando-me a saída com os meus amigos à noite. Se havia coisa que sabia era que aquele casaco de malha era importante e com a nódoa, tornava-se inutil, pelo que aceitei o castigo.
Mal sabia eu a sorte que me calhara, pois nessa mesma noite passou na televisão uma das minhas melhores memórias - Crime na Pensão Estrelinha. Herman José e companhia no seu melhor. Nunca mais esquecerei esse dia de Verão.
E o mais curioso disto tudo? Não é que Portugal jogou nessa tarde contra a Coreia do Norte para o mundial de 1966, num dos jogos mais emblemáticos de sempre? Valeu-me a tv por cabo, que me permitiu voltar atrás e ver o jogo. Nunca me esquecerei daquelas camisolas de um vermelho garrido a correrem sobre aquele manto verde lindissimo. Que jogo! Que alegria!
Foi aí que passei a adorar esse jogo chamado futebol. Até aí só gostava mesmo era de soccer.
É melhor levar com um objecto de formato fálico no orifício anal do que estar desempregado
Se o Vítor e o Pedro se estiverem a sentir em baixo, só têm que pegar no video do miúdo que calou a Dra., sorrirem e continuarem a acreditar no caminho em que se encontram, reforçando-o porque o que se viu nos dias seguintes é que a grande maioria exulta o salário mínimo em detrimento do desemprego.
Lembra-te, quando estiveres na merda, só tens que interiorizar que mais vale estar vivo que morto. E sorrir enquanto tens dentes para mostrar... Ainda que valha mais sorrir sem dentes que estar desempregado, acho...
(Creio que podia ficar neste ciclo parvo infinitamente)
Mãe, mãe, porque é que é tão importante ir às aulas de Geografia?
Porque ser ignorante não é nada bonito, filha.
Porque ser ignorante não é nada bonito, filha.
Ervas há muitas
Não estou a querer levantar nenhuma questão pertinente por aí além, nem sequer levantar suspeitas nem polémicas mas seria, por certo, interessante fazer um levantamento das licenciaturas de muitos que por lá andam e andaram. Só posso mesmo imaginar, fanáticos que somos pelo "dr." antes do nome próprio, o circo que sairia daí.
E com esta me vou, pelo meu próprio pé, por motivos não familiares mas pessoais. Por ter que ir dormir, por exemplo.
E com esta me vou, pelo meu próprio pé, por motivos não familiares mas pessoais. Por ter que ir dormir, por exemplo.
A minha personalidade consumista é que me lixa a vida
A minha grande conquista pessoal para este ano é adquirir 3000€ em rebuçados Flocos de Neve. Só para mim.
Pode ser?
Pode ser?
E o 2013, pá?!
Vinha aqui lançado, preparado para destruir tudo à minha volta. A crise e tal, que ia fazer tudo para não me suicidar - hipótese essa que não foi posta de lado - e mais não sei quê (o Natal em termos de noticiários foi realmente devastador, brincadeiras à parte).
Mas por enquanto o sol ainda nasce todos os dias. Até quando permaneceremos sem nos arranjarem um imposto para o usufruto do mesmo não sei.
Por entre um percurso natural de vida, inevitavelemente ocorrerão (in)explicáveis crises, fruto previsível de visões ofuscadas e confusas e incapacidade para ver um futuro mais risonho que servirão para criar tempestades em colheres de café de água. Mas como escrevia, o sol ainda vai dando um ar da sua graça diariamente, mais minuto, menos minuto. E com isso, renova-se diariamente a esperança, crença, disposição, o que se queira chamar.
Talvez porque se pare para reflectir, pegando no sentido tão subjectivo da vida - o tanto ou tão pouco sentido que ela faz - se chegue à conclusão que o que importa mesmo é vivê-la com e para quem a faz por merecê-la.
Talvez esteja na hora de voltar a dar o devido valor ao amor, do que representa e o que realmente representam as pessoas mais queridas na vida de cada um.
Sei que não tenho estado tão presente mas continuo por aí. E espero que corra tudo pelo melhor. Vocês sabem a quem (o Benfica incluído). Em especial a 2 pessoas que conheci na blogosfera.
Uma delas no ano que passou e que está a meu lado. Gabo-lhe a paciência e a beleza da pessoa que é.
A outra, que já vai para 3 anos que nos conhecemos, a quem vejo com o maior dos carinhos e em quem acredito tanto.
É isto que a blogosfera faz, encontram-se pessoas fantásticas. Mesmo quando não as conhecemos olhos nos olhos. E que nos tornam infinitamente maiores e mais interessantes.
O meu obrigado a quem tive o privilégio de trocar tantas ideias.
É difícil estar para aqui com idealismos, com os maiores optimismos, eu sei. Mais a mais quando vivemos a situação que vivemos e com tudo o que está ao virar da esquina, mas que fazer?
Suicídio?
E se não resultar? Sobrecarrega-se o SNS. Não dá!
Abraços e beijos.
(Às mães - e pais)
Mas por enquanto o sol ainda nasce todos os dias. Até quando permaneceremos sem nos arranjarem um imposto para o usufruto do mesmo não sei.
Por entre um percurso natural de vida, inevitavelemente ocorrerão (in)explicáveis crises, fruto previsível de visões ofuscadas e confusas e incapacidade para ver um futuro mais risonho que servirão para criar tempestades em colheres de café de água. Mas como escrevia, o sol ainda vai dando um ar da sua graça diariamente, mais minuto, menos minuto. E com isso, renova-se diariamente a esperança, crença, disposição, o que se queira chamar.
Talvez porque se pare para reflectir, pegando no sentido tão subjectivo da vida - o tanto ou tão pouco sentido que ela faz - se chegue à conclusão que o que importa mesmo é vivê-la com e para quem a faz por merecê-la.
Talvez esteja na hora de voltar a dar o devido valor ao amor, do que representa e o que realmente representam as pessoas mais queridas na vida de cada um.
Sei que não tenho estado tão presente mas continuo por aí. E espero que corra tudo pelo melhor. Vocês sabem a quem (o Benfica incluído). Em especial a 2 pessoas que conheci na blogosfera.
Uma delas no ano que passou e que está a meu lado. Gabo-lhe a paciência e a beleza da pessoa que é.
A outra, que já vai para 3 anos que nos conhecemos, a quem vejo com o maior dos carinhos e em quem acredito tanto.
É isto que a blogosfera faz, encontram-se pessoas fantásticas. Mesmo quando não as conhecemos olhos nos olhos. E que nos tornam infinitamente maiores e mais interessantes.
O meu obrigado a quem tive o privilégio de trocar tantas ideias.
É difícil estar para aqui com idealismos, com os maiores optimismos, eu sei. Mais a mais quando vivemos a situação que vivemos e com tudo o que está ao virar da esquina, mas que fazer?
Suicídio?
E se não resultar? Sobrecarrega-se o SNS. Não dá!
Abraços e beijos.
(Às mães - e pais)
A infelicidade de uns é a pobreza de outros
A confusão que me faz pessoas supostamente inteligentes (para além da responsabilidade dos cargos que ocupam) admitirem este tipo de coisas.
(E os juros a pagar...?)
(E os juros a pagar...?)
José Seguro fala - e finge que não apoiou o (des)governo do Zé;
Passos Coelho não lhe olha (presumo que esteja a pensar na vida);
Vitor Gaspar tecla no seu portátil (é multifacetado...);
Paulo Portas dedica a atenção dos seus dedos - e dos ouvidos, certamente - ao seu telemóvel (é só multifacetados);
Dou-lhes crédito, serem capazes de manterem os olhos abertos após 2h de almoço.
(Adenda)
Luis Montenegro é claramente um poeta. Só faltou sair em ombros...
Passos Coelho não lhe olha (presumo que esteja a pensar na vida);
Vitor Gaspar tecla no seu portátil (é multifacetado...);
Paulo Portas dedica a atenção dos seus dedos - e dos ouvidos, certamente - ao seu telemóvel (é só multifacetados);
Dou-lhes crédito, serem capazes de manterem os olhos abertos após 2h de almoço.
(Adenda)
Luis Montenegro é claramente um poeta. Só faltou sair em ombros...
Creio que só o futebol (e com "ele" o futebolês) consegue distrair as massas. O EuroMilhões só serve para apelar aos sonhos de muita gente - quem realmente ajudaria os amigos ou quem investiria no benfica é coisa que só ganhando se saberia - e pouco mais há a reter disto tudo.
No entanto, oiço um senhor - ex-árbitro e bem falante por sinal - que me faz recuar ao tempo em que o Chiano ainda só sonhava ser futebolista e onde em cada jogador havia sempre uma calinada pronta a fazer as delícias dos felizes contemplados. Hoje em dia porventura também continuarão por aí (o JJ não conta) mas já não há gente com tempo ou atenta o suficiente para as apanhar e partilhar.
"Há uma mão deliberada na bola, agora se é intencional ou não..."
Não estava atento. A tv estava a funcionar como ruído de fundo.
Sim, consigo captar pelo menos 2 coisas ao mesmo tempo. Só não sei se é um acto deliberado ou intencional.
Fiquem bem (eu preocupo-me tanto convosco, meus caros concidadãos e amigos).
Distribuam sorrisos e comprem carros, sim? Faz bem à economia e à pele.
No entanto, oiço um senhor - ex-árbitro e bem falante por sinal - que me faz recuar ao tempo em que o Chiano ainda só sonhava ser futebolista e onde em cada jogador havia sempre uma calinada pronta a fazer as delícias dos felizes contemplados. Hoje em dia porventura também continuarão por aí (o JJ não conta) mas já não há gente com tempo ou atenta o suficiente para as apanhar e partilhar.
"Há uma mão deliberada na bola, agora se é intencional ou não..."
Não estava atento. A tv estava a funcionar como ruído de fundo.
Sim, consigo captar pelo menos 2 coisas ao mesmo tempo. Só não sei se é um acto deliberado ou intencional.
Fiquem bem (eu preocupo-me tanto convosco, meus caros concidadãos e amigos).
Distribuam sorrisos e comprem carros, sim? Faz bem à economia e à pele.
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