Pois...
Não se pode ter tudo... Não, não tem a ver com o assunto mais badalado da semana, pois esse é mesmo como está no texto anterior - só para a semana.
Não importa agora falar o quê de quê. Aconteceu hoje o que há muito estava previsto, o que há muito já esperava.
Dizem que nada há pior que a ansiedade gerada pela espera de algo esperado - passe a expressão. Pois eu digo que o pior é mesmo quando a altura chega.
Mentalize-se, desligue-se, prepare-se, invente-se, desvie-se as atenções e concentre-se noutros aspectos, tudo o que se quiser fazer para tentar ajudar a persuadir do futuro concreto, a verdade é que não há nada como a verdade que nos cai nos braços, que nos dá um estalo na consciência até aí dormente por todos os esforços para a distrair.
A verdade/realidade - tal como a diversão - são umas cabras!
Mas se isto parece uma lamentação (mais uma entre tantas e tantas...), não o é.
O que me entristece não é propriamente sentir o futuro como um manto nebuloso, mas sim ter vindo a perceber que passei mais de metade da minha vida preso precisamente em lamentações por causa disto.
E entristece-me tão simplesmente porque só até há bem pouco tempo (comparando com esse tempo todo de vida que me "passou ao lado") é que tive realmente a noção que tudo o que de maravilhoso e bom que tenho na vida é indiscutivelmente e infinitamente bem mais grandioso e em maior quantidade que aquilo que me prende.
E não lamentarei mais. A minha vida é uma dádiva. E todos os dias dádivas chegam até mim. E é isso que devo priorizar, enaltecer, exultar.
São todas essas dádivas que merecem as minhas alegrias, a minha paixão, o meu amor, a minha compreensão, a minha disposição e disponibilidade, o meu esforço e todo o meu ser.
E sim, o que aí vem ainda que incerto é, como me foi dito, "o que será, será".
Que seja!
E entretanto vou usufruir de tudo quanto possa.
Vou, acima de tudo, viver.
Mas, tal como escreveu (maravilhosamente, diga-se) o LBJ, sim, gostava, uma vez que fosse, de não ser eu. Por vezes sim.
PS1: Peço desculpa a quem não sabe do que falo e que possa interpretar algo completamente oposto ao que na realidade é.
PS2: Aquilo que será o próximo passo - o presente envenenado - será dois dias depois do meu aniversário (que não é hoje), daí ser antecipado...
8 comentários:
Treze,
Baralhaste-me por completo com as datas, dias e antecipações. Não sei do que falas, por isso nem me vou pôr a advinhar. Seja o que for, o que me parece importante no teu texto é que conseguiste perceber que tens coisas fantásticas na tua vida que queres viver em pleno. Por isso, não te entristeças que tenhas passado tempo sem as ver, preso a outras coisas menores, porque apesar de tudo essas que valem a pena estão lá ainda, tu agora sabe-lo. E não desejes não seres tu, porque se não fosses tu como és, essas coisas boas que ainda tens para disfrutar provavelmente não estariam lá.
Como às vezes me escreves: digo eu... :)
Princesa:
Estive a ler o que escrevi e até eu me baralhava caso não soubesse do que falo :D (Daqui a uns tempos vais lembrar-te desta questão das datas...).
Não é tanto uma tristeza, mas a constatação de que perdi e desaproveitei (nem quero pensar em ter hipotecado) imenso por causa disto. Mas sei hoje que há muita coisa que posso fazer (planear já não sei, que estas coisas relativas ao futuro têm muito que se lhe digam) e farei e desfrutarei, com consciência e moderadamente :)
E Princesa, o que tu dizes - arrisco-me a dizê-lo - dizes (sempre) bem :)
PS: Acho que esta resposta serviu para baralhar ainda mais que o texto original :D
Pois eu, confesso a minha ignorância quase total no que toca às questões que referes (ou não). Não percebi patavina!
O tempo nunca é desperdiçado, há sempre qualquer coisinha positiva que fica como uma marca desse "desperdício".
Todos temos dias de não gostarmos de sermos nós...depois, quando a tempestade passa pensamos, "ainda bem que não me troquei por outro eu, hoje gosto mesmo de mim assim".
A vida é muito complexa (estou a dar-te uma novidade em 1ª mão, eheheh) por isso acho que nem vale a pena perdermos muito tempo com grandes planos. Viver "um dia de cada vez" tornou-se um lugar comum mas é de facto a melhor forma de a levarmos (a vida).
Sei lá, digo eu...
;)
Ana:
Pois, é nisto que sou bom, a baralhar :D
Não é bem não gostar (graças a Deus não é isso), é mais gostar de experimentar não ter o que me deu motivos para escrever este texto.
Mas é como dizes, provavelmente nem seria como sou hoje...
E sim, tens razão quanto aos grandes planos. O tempo imensamente perdido deveu-se a pensar demasiado em algo que apenas serviu para se confirmar. Mas daqui para a frente será (espero, ainda que limitado) diferente :)
Olha sem perceber o que te fez escrever este post, posso dizer-te que o podia ter escrito eu, palavra por palavra, significado por significado, no bom, no mau e na ambição de futuro.
Obrigado pela citação e pelo elogio ;)
Um Abraço
LBJ:
Obrigado eu por achares que TU podias ter escrito o mesmo palavra por palavra (ainda que não seja esse o significado que tu queiras aplicar :)).
De nada ;)
Abraço
Treze, o tempo só é desperdiçado se não aprenderes nada com o que ele te trouxe e com o que tu fizeste dele.
Não me parece ser o caso, por isso, não houve desperdício, aprendeste, cresceste e agora usas esse conhecimento... a vida é isso mesmo!
Afinal quando é que fazes anos?! :)
Pronúncia:
Vou aprendendo aos poucos e vou adaptando-me à realidade das coisas.
Espera para ver... ;)
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