Conversava com amigos sobre o desfecho da última novela à portuguesa, na sua vertente desportiva, quando surgiu a questão, cerne de toda a discussão:


"Noya, despe a camisola do teu clube e diz-me se achas justo o castigo aplicado ao Hulk."


Sinceramente? Uma injustiça!
Se tivermos noção (ou conhecimento) que o Hulk avisa sempre quem o provoca que o melhor é não o fazerem, e que após isso não é responsável pelo que pode acontecer, está logo aí a primeira justificação para achar injusto o castigo aplicado.
Mais injusto vejo a decisão quando há que ter em conta a devastação que poderia ter surgido daqueles braços - o cordão de stewards podia perfeitamente ter sido arrasado e estilhaçado, já para não falar do túnel, balneários e parte do estádio que poderiam ter sido destruídos.
Tal deveria, juntamente com a anterior, contar como atenuante.


A curiosidade (ou coincidência - e eu adoro ambas) disto tudo é que o Hulk (O Incrível), para quem não sabia, no início fazia parte dos 'Vingadores' (The Avengers, no original) e não é que o Hulk (jogador) acaba a jogar num clube cujos dirigentes vivem num clima e sentimento diários de vingança contra o sul?


Mas como o que eu gosto mesmo é de ironia, o que me dá piada nisto tudo é o facto de os jogadores (não esquecer que o Sapunaru também "existe") terem sido suspensos preventivamente através de um regulamento que o fcp votou a favor e o Benfas contra...


"Ah, os stewars não sei quê...". Pois, mas com ou sem provocação, nem um nem outro jogador foi exemplarmente punido pelo clube e, ao contrário do que se espera de qualquer instituição com exposição mediática (logo exemplar), foram elevados à condição de vítimas.


E 4 e 6 meses de suspenão é muito tempo?
É, sem dúvida.
Mas quem fez e votou os regulamentos?
Quem é que parece os miúdos no infantário nas reuniões da liga?
Quem é que só olha para os próprios interesses na hora de decidir pelo bem geral?
Todos, certo?
Pena a culpa ser sempre dos outros...
Onde ficaram as perguntas difíceis e a frontalidade e certeza demonstradas nas suas crónicas, caro Miguel Sousa Tavares?
"O melhor será acabar com os tribunais" - Marinho Pinto relativamente à publicação das escutas (especificamente as do jornal "Sol").


O que é afinal matéria de interesse público e o que não é? Devem estas escutas vir a público?
Por questões de julgamento popular não deve haver problema, que esse juízo já está há muito tomado (aparentemente).
E sim, compreendo essas preocupações.


Mas não será do interesse público - e não me refiro aos milhares (milhões?) que cospem para o ar o famoso (ditado popular) "são todos iguais" por tudo e por nada - saber o que andam certas pessoas a fazer com os dinheiros públicos?
É certo que as escutas colocadas à disposição de quem a elas quis ter acesso não são obra de um qualquer nobre e preocupado cidadão. É claro como água que o que está ali é somente mais uma manobra política (basta ver a selectividade das escutas...), mas ainda assim não estará naquelas conversas privadas matéria e conteúdo mais que suficientes para serem considerados de interesse público e por normal seguimento de lógica ser trazido à praça pública?


Isso coloca em causa a privacidade de cada um de nós?
Não sei. Talvez.
Não me agradaria nada que tornassem públicas conversas minhas do foro privado (e só chegariam à conclusão que para além da falta de inteligência a minha vida seria matéria mais que suficiente para não mais me quererem escutar), mas a verdade é que eu não mexo com dinheiro (muito menos milhões) dos contribuintes, não faço negócios de contornos estranhos nem influencio quem quer que seja.


Mudem-se as mentalidades! (Isto vai também para os responsáveis de comunicação que aceitam ou somente permitem que parte do todo seja veiculado...)


O que há a reter desta situação toda é a confirmação do que há muito muitos desconfiam e sobre o qual escrevem. É através destas escutas que confirmamos a Verdade. Constata-se a vergonha (se é que ainda a há) do chico-espertismo no seu melhor e a sua total impunidade e conivência.
Mas vai daí, qual é a novidade...?


Não esquecer que para além destas escutas o tempo não pára e o que realmente importa continua (e continuará) por resolver. Isso sim, está acima de todos os outros interesses públicos.




Tudo o que cheira a podre, por norma, está fora de validade. E o que é que se faz com o que passa da validade...?
Indignação:
Agastamento em que entra repulsão e censura.


Um professor meu certa vez afirmou que a última etapa antes da desistência era a perda total da capacidade de nos indignarmos.
Gostava de não o dizer mas a verdade é que chegámos finalmente a esse ponto. Isto vai bater no fundo. Mais que um desabafo ou um sentimento é uma constatação, um facto.


E se ainda vai bater - e por consequência ainda não bateu - não é por ainda haver a oportunidade de dar a volta e recuperar o tempo perdido. Não. É simplesmente porque ainda falta caminho para lá chegar.
É um pouco como estarmos em areia movediça, em que as opções passam por nos enterrarmos mais depressa ou mais devagar...


É sempre a empurrar para o próximo.
Um gajo qualquer mente acerca do que não sabia que sabia e tudo passa gentilmente, carregado pelo vento. Encolhemos os ombros. Ridicularizamo-nos opinando que os que estão à espreita são piores e que do mal o menos...
Ninguém quer saber. Talvez seja a crise (serve para tudo mesmo...).

Faltam pessoas certas nos lugares certos.
Falta coragem.
Falta orgulho.
Falta paixão.


Nação valente?
É mais nação avestruz...




E não é que isto vem a calhar? (não gosto particularmente dos FF mas esta faixa, por algum motivo, faz-me sentido...)
Ele: "Feliz Dia dos Namorados, amor!"
Ela: "Então mas ainda ontem me chamaste p*** e me mandaste à m****..."
Ele: "Isso foi ontem..."


Tenham um feliz dia de coisos (e lá está a música novamente... It's everywhere!).
É aproveitar que nos restantes dias do ano já se sabe o que a casa gasta...


Cáustico? Quem, eu?
Don't be shameless...




I'm not.


Este gajo ainda "existe"?

(Desabafo)
Está toda a gente a ir embora menos quem interessa...
"Então, Noya, qual é o teu feeling?"


Muito provavelmente (aliás, com toda a certeza!) que não é o mesmo que o do Bruno Alves e muito menos que o do BES...


A música é engraçada, o vídeo é engraçado, a Fergie tem a sua graça. Tudo junto invoca uma série de sentimentos e emoções para com a vida que acaba por elevar (ainda mais) o espírito. Ponto!
Por norma teria os seus 15 minutos de "fama", até surgir algo novo a fazer esquecê-la.
"Teria", muito bem dito.
O problema está que alguém se lembrou de falar com os mocinhos e lhes pediu para apoiarem a selecção no Mundial.


E o meu feeling (até parece uma palavra recentemente adoptada...) por estas alturas é outro bem diferente aquando da altura do surgimento desta música. É mais no sentido oposto, por acaso... É que já não há muita paciência. Está em todo o lado!


Isto agora vai parecer um daqueles típicos comentários que eu tanto detesto mas... Só mesmo a malta cá do rectângulo para aproveitar algo até à exaustão (cerebral). E ainda falta (praticamente) meio ano para o campeonato. Nem quero imaginar se (coisa que não escrevo nem creio com convicção) Portugal faz um brilharete...


PS: O meu feeling é que os responsáveis pela publicidade do BES são uns mentecaptos criativos. Mas isto sou eu, um mentecapto por natureza, a falar...
Volvido mais de 1 mês eis que me surge a minha resolução de ano novo - deixar de questionar ou perguntar-me acerca de tudo quanto acontece: reacções, atitudes, razões e por aí fora. Passarei a desfrutar e apreciar cada gesto sem querer saber o porquê, acreditando que as coisas acontecem porque fazem sentido.


E é (só) isto!
Parece pouco e algo tão óbvio e de simples execução, mas que não realidade é muito. Muitíssimo! Um passo de gigante, arriscarei dizer...
No eclectismo está o segredo...





A lamechice, quando bem aplicada, é um mimo. E a lágrima a aflorar ao largo...
A continuar no outro lugar (que este é um espaço sério...).
Há sítios de onde nunca se deveria sair.
Há momentos que deveriam durar para sempre.


Por mais vezes que lá volte, assim que vislumbro a cidade lá do alto, lá bem ao longe, sinto sempre um calafrio a percorrer-me o corpo, um nervoso miudinho, tal como se fosse a primeira vez, e à despedida, mesmo antes de partir, uma certa angústia, um nó no estômago, possiveis apenas por quem nos proporciona os melhores dos momentos e nos permitem a libertação de nós mesmos, sem filtros.


E aos poucos tomo noção do que é necessário. E vou anotando.


Não há nada de mais satisfatório que olhar para trás e perceber que se pretende mais. E mais do mesmo também. É aproveitar sempre que surja a oportunidade. E um dia, pode ser que aconteça... Pode ser... Mas até lá...
(Sorrio
Com a música que me acompanha
E com as recordações recentes que circulam pela memória...)
... Mas o tempo pode, por vezes, voltar atrás.

Dia 18 de Maio lá estarei, a reviver e reavivar a minha adolescência.

Talvez tenha um significado especial.
Talvez um novo começo.
Talvez...
Haja coragem.