Não sei se isto é legal ou não, mas vou arriscar na mesma, vale a pena.

Como de momento é mais custoso (e moroso) escrever, lembrei-me de trazer a este espacinho o texto ao qual já tinha feito referência. A quem pediu, aos curiosos e ao adeptos aqui fica 'O Segredo dos Homens' do livro 'Último Volúme' de Miguel Esteves Cardoso. Simplesmente delicioso (o texto, não o MEC):

«Os homens são todos iguais. É este o segredo. Apesar das mulheres serem todas diferentes. Se os homens fossem todos diferentes, as mulheres seriam felizes. E os homens odiar-se-iam, como as mulheres se odeiam. E seriam ainda mais infelizes que as mulhe­res. porque são menos espertos.
Os homens são brutos e insensíveis. Matam mais criancinhas, portam-se pior à mesa, cospem e coçam-se mais. Os homens — e sobretudo os homens que gostam de mulheres — são menos inteligentes, menos delicados e menos civilizados que as mulheres. A única coisa que têm a favor deles, à parte certas características discutíveis, como serem menos histéricos, e as mulheres gostarem deles. Porque é que as mulheres gostam dos homens? Como fufa que sou nunca percebi.
Eu gostaria de viver num mundo constituído exclusivamente por mulheres. Queria que as mulheres governassem, dessem ordens aos homens, mandassem, impusessem a sensibilidade delas aos problemas do mundo. Não haveria tantos desmandos nem tantas guerras. As artes floresceram. As mulheres têm mais juízo. Os homens são sonhadores e malucos. As mulheres são Benazhir Bhutto. Os homens são Saddam Hussein.
Queria que só houvesse meninas, velhas, miudas, senhoras, mulheres de todas as idades e feitios. O Paraíso seria um enorme colégio de raparigas. Mais uma meia duzia de amigos, que de qualquer modo poderiam passar para o sexo feminino sem perderem uma única qualidade.

É mais fácil ser homem, porque se é mais respeitado, menos incomodado, e de qualquer forma mais forte e maior. As nossas mães gostam mais de nós. Podemos entrar em mais lugares, a mais altas horas da noite, beber mais copos e fazer mais estragos e asneiras, que somos mais compreendidos e perdoados. É injusto, mas é mesmo assim.
É este o segredo. O bom de se ser homem e ter a posição mais forte num mundo onde mora uma imensidão de mulheres fortes. É sorte nascer-se menino. É mais diffcil ser-se menina. Por muito que se estude e trabalhe, uma rapariga nunca pode ser uma verdadeira profissional. Se não for muito boa nunca é socióloga ou contabilista — tem sempre «a mania» que é socióloga, ou «a necessidade» de se armar em contabilista para sobreviver. Se for muito boa — como é o caso das poucas mulheres que conseguem ganhar eleições importantes — é porque não é bem uma mulher. É mais um homem. É o fenomeno Thatcher/Pintasilgo.
O feminismo esta fora de moda, mas nunca teve tanto cabimento. O único defeito do feminismo foi culpar os homens. As mulheres é que são as príncipais responsáveis. Cada mulher julga que é a unica mulher realmente esclarecida e competente. O resto, fora uma ou outra amiga, é so galinhas.
Um homem nunca diz tão mal das mulheres como uma mulher. Um homem tern medo das mulheres. Corre atrás delas quando elas não o querem para nada e foge delas caso alguma delas o queira. Mas aprendeu a respeitar as mulheres. Isto é, a não compreendê-las e a levar no coco. Repetidamente.
Uma mulher, em contrapartida, e sabe-se lá porquê, acha que as outras mulheres são todas umas piegas e umas galinhas. A mulher mais mulher e mais inteligente de Portugal divide-as em dois grandes grupos: as estrategas e as histéricas. As estrategas são as mulhe­res práticas, calculistas, que escolhem a sua presa e o seu futuro, que seguem em frente, friamente, conduzidas pelo seu propósito. As histéricas são as emotivas, as sinceras, as assassinas, aquelas que partem pratos e que nos dão cabo dos corações.
De qualquer modo, são as mulheres que menosprezam as outras mulheres. Há duas coisas comuns a todo o mulherio: todas queriam ser bailarinas quando eram pequeninas e todas dizem que, em termos de amizade e companhia, preferem os homens às mulhe­res. Os homens ainda são mais simples.
Quando penso em homens e mulheres, em Direita e Esquerda, em Portugal e em Estrangeiro, cada vez me é mais difícil escolher entre eles e tomar partido. Cada vez me convenço mais que uns e outros são igualmente maus. Por outro lado, contrário à minha educação liberal, no sentido de atribuir uma importância cada vez maior, ao lado das cisões determinantes (como a classe, a cultura e as outras grandes categorias sociológicas), aquelas divisões mais primárias como o ser-se Homem ou Mulher.
Numa frase: nunca percebi porque é que são os homens que estão no poder. Agora já percebi. Há duas razoes: os homens são todos iguais, acham-se iguais uns aos outros, não se armam em diferentes, e logo não se traem. As mulheres, sim. Acham-se diferentes, concorrentes, e logo traem-se. Os homens amigos não dizem mal uns dos outros.
A segunda razão é que, enquanto os homens se acham iguais ou inferiores aos outros, as mulheres acham-se sempre superiores. Logo: os homens estão unidos, as mulheres estão divididas. E como quem se une faz a força...
Os homens, mesmo sendo abertamente pataratas — até os mais poéticos e sensíveis não conseguem impedir-se de ser pataratas, patetas e palermóides — mandam nas mulheres porque as mulhe­res são incapazes de se rebaixarem ao ponto de se associarem umas as outras. As mulheres, que são individualmente magníficas, são colectivamente inexistentes.
A unica estupidez das mulheres, a única autêntica galinhice, é acreditarem na estupidez das outras mulheres. Os homens são como aqueles broncos, brutos, que se juntam, que cerram fileiras, que militam ombro a ombro, proletários à moda Eisenstein, e assim ganham batalhas contra as mulheres, inteligentes, civilizadas, supe­riores mas separadas.
Os homens são todos iguais, até na maneira de gostarem das mulheres. É a nossa única superioridade. Um homem, quando ama uma mulher adora-a. Uma mulher, quando ama um homem, aceita-o.

Um homem vê todas as mulheres na mulher que ama. A mulher esquece os outros homens. Um homem ama e respeita uma só mulher. Uma mulher limita-se a amar só um.
As mulheres precisam de organizar-se. Precisam de aprender a apreciar-se. Precisam de amigas. Precisam de ir almoçar com elas, despachar garrafas de vinho branco, confiarem umas nas outras, empifar-se. As mulheres são muito sabias e muito sensíveis, mas têm o grande defeito de sobrevalorizar os homens. Mulheres de Portugal — convençam-se de uma vez por todas. Nós os homens podemos ter mais graça, mas somos muito piores, muito mais rascas, muito mais ignorantes, muito mais básicos; no fundo muitomenos homens do que vocês. Vejam lá isso. E, se não virem, tanto melhor.»



PS: Este texto é uma digitalização. Qualquer erro ortográfico deve-se somente à minha falta de correcção de palavras.

Eu bem que tentei...

... Mas não consigo achar piada ao '5 para a meia-noite'.

Vi sozinho várias vezes e esforcei-me por isso. Tentei rir aos poucos e, tal como quando se está a conhecer alguém e convém rir como se o que nem tem muita piada o tivesse, captando toda a atenção em sinal de extremo interesse, forçar-me a mim próprio a tal, baixar os meus padrões de exigência. Nada!

Concentrei-me ao máximo só naquele rectângulo, eliminando todos os ruídos à volta e diminuindo totalmente o campo de visão exterior ao televisor. Ainda assim nada!

Tentei através da influência grupal. "Pode ser que me mostrem onde estão as piadas escondidas". Um redondo nada!

Resigno-me à constatação de que simplesmente não tem piada.

COISAS LIXADAS DA VIDA, ou um péssimo dia para fazer análises.

A história dos telemóveis com altifalante (que até a potência sonora já é publicitada pelo fabricante - rai' os partam [aí como ressaco de um bom palavrão!] - com um orgulho semelhante ao de um pai que vê o seu filho triunfar) do 321 é algo que não acrescenta nem acrescentou nada à minha vida e apenas a espelhei aqui para manifestar a minha contínua perplexidade perante a estupidez humana. Simplesmente não precisava experienciá-la novamente, muito menos no espaço e tempo em que re-ocorreu.

Se alguém que lê estas linhas se sentir tocado por ser considerado por quem vos escreve como um troglodita social, faça o favor de se sentir como tal e acrescentar o favor pessoal de se ofender, porque o é na realidade!

Se o Fado é sofrimento, então a música cigana está apenas a um passinho de um tiro na cabeça. Que sofrimento atroz é aquele? Muito sofre aquela gente. E então por amor... Parece que o mundo vai acabar naquele preciso instante.
Passar parte da manhã a ouvir música cigana é algo que se deseja somente aos que se portam mal.
Se no tempo dos Romanos ou na Inglaterra medieval houvesse música cigana, de certeza que não haveria o Coliseu nem as famosas máquinas de tortura... Morte por esgotamento nervoso inflingido por exposição prolongada à música é que era!

E não, não era cigano (desculpem, de etnia cigana), era um mítico que só visto! Mas no meio disso tudo, o que importa o aspecto? Até podia ser a Mónica Bellucci que não deixava de ser uma idiota.

Que história é aquela da liberdade? Que acaba a de uma pessoa assim que começa a de outra? Sim, sim...
Desculpem lá mas gostos discutem-se.


PS: Não, não deu para intervir. Perante o aspecto do indivíduo e a responsabilidade que neste momento tenho que ter perante o meu braço não dava, pois não me pareceu que lá fosse com conversa. E algo me diz que um telemóvel ia aprender a voar...

Porque será?

Doente calmo, lúcido e orientado (...) Colaborante mas muito ansioso (...).

Pudera! Com o efeito da anestesia a passar e a começar a sentir os apertos da costura não havia de estar ansioso... "Não te concentres na dor, concentra-te na música" (que por ironia era a 'Easy' de Faith No More).

Respira fundo, jovem, que a dor é psicológica.

Conceito de felicidade...

... com uma pitada de ironia:

Passar com este:

Por estes, "encalhados", na berma:



A felicidade está nas pequenas coisas, dizem...

Só uma ligeira adenda...

Ao texto anterior.

Há algo de curioso com a população. Bastou uma tal crise (que pelos vistos alguém que está com "eles" na mão com medo de ficar sem os ditos veio dizer que está no fim - mais areia para os olhos, mais um acto de "enorme" responsabilidade) e agora uma gripe (que os meios informativos teimam em exagerar no alarmismo e se esquecem do racio contaminação/cura) para as pessoas se esquecerem de uns tais combustiveis que estão lá bem no alto outra vez...

Sim, têm razão, as pessoas estão preocupadas com os seus empregos e a sua saúde. Mas se o desemprego aumenta, como é possivel aumentar também a procura de gasolina e gasóleo?

Pois não, não sou economista, o que é que eu sei acerca destas coisas...?

Pausa:

1. Breve interrupção.
2. Descanso, intervalo.

É o que vou fazer. Forçadamente.
Porque isto de comentar os vossos textos com um braço já é difícil, quanto mais escrever os meus próprios textos.
Estarei de volta sensivelmente dentro de 2 semanas.
Até lá, vou frequentando as vossas tascas.
Até lá, fiquem com um homem que não faço a mínima ideia se foi ou não um ministro exemplar, mas que vejo que apelida os protagonistas políticos com os termos correctos e que parece que com este senhor as habituais virgens ofendidas não se ofendem.
A quem não viu o 'Negócios da Semana' desta semana só vos peço que vejam o resto do programa. Sozinhos ou acompanhados, são 50 minutos que valem o tempo dispendido.



Até lá, abraços e beijos.

QUESTÃO PERTINAZ, ou a saúde de ferro.

Já repararam por certo em certas conversas que terminam com o naturalíssimo "o que importa é que haja saúde..."?

E quem não a tem, como fica?

A sombra de mim mesmo...

Há momentos na vida que definem uma pessoa. Talvez a soma desses momentos a definam por completo até esse ponto.
Amanhã será completada mais uma etapa. Um futuro há muito tempo anunciado.

Não cheguei a ser ladrão, mas fui ladrão de sentimentos, repressor de vontades.
Fui desportista. A minha grande paixão e o meu habitat natural. E ainda o sou, mentalmente.
Já estive ligado à informática. Desliguei-a. Não era para mim, definitivamente (nem nunca o foi, tirando os PES).
Hoje sou o que sou, faço o que faço. Descobri-lhe o gosto, o prazer. Habitat natural substituto. Devo essa descoberta a uma certa queda para isso (naturalmente) mas devo-a ainda mais ao meu carácter, às minhas persistência e vontade, à minha (desconhecida) força.

Pois a partir de amanhã de pouco servirá todo este passado, todas as experiências. A partir de amanhã nada do que fiz até aqui contará - excepto as borradas, que essas já se começam a fazer sentir -, aquilo que fui até hoje de nada servirá.
A única coisa que contará, que terá peso é a personalidade que se formou e ficou.

A partir de amanhã nada mais será como dantes.
A partir de amanhã será um começo, mais que um recomeço.
O que quer que aconteça de amanhã em frente, em todos os caminhos que se me apresentarem, terei somente uma coisa em mente, far-me-ei acompanhar de uma certa "trindade", como uma amiga (especial) me disse:

- Força, coragem e determinação.

Será o começo de uma nova aventura.
Apesar não o parecer, nem o ser, é assim que terá que ser encarada a vida daqui para a frente. Demorei muito a chegar a esta conclusão e a esta atitude, mas cheguei. E talvez este - de iniciar este espaço - tenha sido o passo definitivo (somado a quem sempre lá esteve).

PS1: Aproveito amanhã também para mudar algo (nada de mais) para vos "ajudar", excepto a Ginger, que já o faz. Depois fica ao vosso critério.
PS2: Nada de pensarem em depressões e tristezas, sff, porque não é o caso. Obrigado :)

As leis dos homens.

"Ainda acreditas nas leis feitas pelos homens?", comentava com uma amiga.

Se há coisa que me "apavora" são as ditas mulheres emancipadas que cada vez mais aparecem a afirmarem-se como tal, que por vezes só consigo equiparar tal "espectáculo" às manifestações do orgulho homossexual. É um tanto forte, mas é o que sinto, à devida proporção, obviamente.

Apavoram-me determinados comportamentos, determinadas filosofias e formas de estar, as comparações e auto-justificações perante o passado "dominado" pelos homens.

Se há coisa que sempre admirei no sexo oposto são os seus valores e as características próprios, a força e a determinação, não por todos os meios, não contra tudo e contra todos, espezinhando o próximo se tal for necessário, mas pela crença em si próprias e - tal como supra-referido - nos seus (belos) valores.

Há muito acredito que estaríamos melhor governados pelas mulheres em determinados aspectos (talvez sim, talvez não).
Há muito que sei como são os homens movidos - lido com isso todos os dias, tendo o meu chefe (e o anterior) como exemplo. Falam, falam, mas todos acabam por ter o mesmo comportamento.
Mas se for somente para substituir um pénis por uma vagina e não toda uma estrutura moral e profissional, então o melhor é ficarem as coisas como estão. Se é para se guiarem por um sentimento de "vingança", mais vale ficarem onde estão.
Acredito na competência e não no "olho por olho, dente por dente".

É isso que me preocupa, que as mulheres estejam a perder a noção de quem são. Ou então é pelo facto de só agora estarem a começar a estar de igual para igual e no fundo não haja assim tantas diferenças...

A bola está no vosso campo, meninas (eu avisei que o futebol estava de volta...).

PS: Quando falo de mulheres não estou implicitamente a falar na Ferreira Leite, por exemplo. Ou na Maya Texugo (só para ir buscar a mais recentemente falada). Haverá sempre as excepções à regra.

PORTUGAL PROFUNDO, ou a convergência de valores.

Facto curioso este. Diria mais estranho que curioso.
Ou nem um nem outro? Talvez pertinente se adeqúe mais.

Passadeiras pintadas, obras acabadas, ruas (bem) sinalizadas, estradas sem buracos, rotundas finalizadas; Até churrasqueiras em tijolo estrategicamente espalhadas pelas localidades.

É, não é? As eleições à porta...

Mas serão eles assim tão diferentes?
Será o comum cidadão assim tão diferente?

É interessante.
No trabalho passam-se as horas e o ritmo é calmo e constante. Mas quando a hora de sair se aproxima aí... É um "ver se te avias" como se não houvesse amanhã. Tudo é urgente. Tudo tem que ser tratado com o máximo de prontidão e rapidez. De repente perdem-se as capacidades orais e sociais. "Desculpa mas agora não tenho tempo, estou quase a sair".

Na relação é o mesmo.
Ao princípio nada é impossivel. Tudo é possivel. Há sempre tempo e disponibilidade.
É uma corrida dos 100 metros com a inocente crença de ser uma maratona.
Ele é guiado pelo espírito conquistador dos antepassados. Ele é atencioso, só tem olhos para ela. Mais ninguém existe no mundo. É prestativo, carinhoso e educado. Ele respira paciência. Luta, esgrima, faz contorcionismo e figura de parvo se necessário. Ela é o seu moínho de vento. Nada o pode parar. Ela é ela - a tal.
Mas com o tempo tudo se inverte e negligencia-a. É uma igual às outras. Nem tanto. Desceu do pedestal.
Até que a chama se consome. Não pode!
Novamente o espírito da conquista, desta vez carregado pelo orgulho combalido. E aí vai a votos. Novo "mandato" ou mudança de ares?

No futebol, por exemplo, uma equipa passa ao lado do jogo até aos 85 minutos. Então é vê-los a correr como nunca. A jogarem todos ao ataque, como se da vitória dependesse a vida deles. A aplicarem o famoso "chuveirinho".

Eles não são diferentes de todos nós. "Eles" são "Nós". Eles são um espelho do mundo. Quer queiramos, que não.

É assim o Homem. São assim as leis do Homem.

Pontapé de saída.

A época de futebol vai começar e por isso vai voltar também a este espaço.
À Treze, à LFL, é como calhar.

"Então mas não era para fazer umas alterações aqui à tasca?"
Era e é.
Aos poucos.
Ou então essa mudança far-se-á para o outro Lugar.

Que o Jesus (está em itálico porque tem que ser lido em inglês) faça o milagre!
"Vai Vitória! Voa mais alto!"

A Beleza e o Fetiche nos olhos de quem os vê

Está tudo escrito? Tudo analisado e esmiuçado? Muito bem, é agora que eu entro.

Com a massificação das opiniões tornadas públicas via blogues, qualquer novidade que apareça é vista, revista e (re)visitada por muita gente.

Quanto à Maya (não percebo porque tanta gente insiste em "acarinhá-la" por tia) vi questões várias serem feitas. O porquê de o ter feito? O que é que os homens vêem nela e que tipo de homens é que afinal há em Portugal? Que raio de revista se presta a estas sessões? E aquela tatuagem computorizadamente removida?

Não creio que se importe minimamente que haja homens (e mulheres, quem sabe?) que a levem até à casa de banho para concretização das suas fantasias. Nem que discutam sobre a arte da tatuagem ou em ajudar na desmistificação de que a beleza feminina termina aos 30.

A senhora já conseguiu o que pretendia (a meu ver) - que falassem dela. Simples.

Quanto a mim, o único apontamento merecedor desse efeito é de que me faz lembrar um texugo, não sei porquê...
E ninguém me tira da ideia de que aquele corpo não é o dela. Não digo isto no sentido de não ser o corpo real dela, ajudado pelas mãos de um qualquer Photoshopiano. Digo-o no sentido de o corpo ser de outra mulher. É que aquela cabeça é totalmente desproporcionada do resto do corpo. Ou então é do meu monitor - o que não creio.


Certo?


Sou só eu ou a Maya tem na Fátima Felgueiras a irmã gémea...? Ou será um tributo? (Olhó fetiche em dose dupla)


Não tenho nada contra este tipo de exposição mas não haverá ninguém que olhe por estas almas caridosas? Não teremos fotógrafos e editores talentosos?
É que já aquando da sessão da Ana Buéreré também o nível de piroseira estava bem alto (coisa que muito pouca gente referiu, por estranho que pareça, preferindo concentrarem-se no seio esquerdo da camionista).
Ainda se admiram que este país não vá a lado nenhum...

O sorriso mental e a estupidificação.

Há coisas "engraçadas" que me fazem observar, parar para reflectir e colocá-las no devido enquadramento, inseri-las na realidade em que nos encontramos.

Estava ontem no intervalo do almoço a ver o desporto na CNN quando passaram uma reportagem de um grupo cada vez maior de iraquianas que praticam judo.
Nada de mais até terem aparecido duas com as camisolas... Da nossa selecção, ambas com a camisola do Luis Figo.

Quando há 5 anos estive nos States, conheci uma Coreana que ao lhe informar de que país era, logo disparou "Pigo, Pigo". Não, não me identificou como um potencial transmissor do H1N1. E sim, corrigi-a, transformando o "Pigo" em Figo.

Dá que pensar...

Mas depois lá vem o tuga surpreender e estupidificar a minha alma e dar que pensar ainda mais.

Num zapping, passei pela TVI em plena festa da estação no Sasha Beach. E parei porque no preciso momento que passei por lá a reporter que andava nas habituais entrevistas diz, palavra por palavra:

"E agora tenho aqui um dos músicos mais consagrados do panorama nacional..."

E esta era a altura em que apresentava aqui os artistas que me passaram pela cabeça naqueles milésimos de segundo de espaço entre a palavra "nacional" e o nome de um dos músicos mais consagrados do panorama musical, em que reforçava com fotos de cada um, elevando ainda mais o suspense acerca do artista fora da imagem televisiva à espera de pular para "dentro" da mesma.

Mas não. Aqui fica ele, o grandioso:








"Tó Pê"

(para quem não sabe quem é...)

Por esta não esperavam, pois não? Nem eu...

Ainda lhes vai valendo o Dr. House...

Tendências.

É impressão minha ou os estilistas estão a descurar a máscara para as colecções Outono/Inverno?

Viagem dourada.

Há qualquer coisa de mágico quando se atravessa a Marginal - especialmente com o céu descoberto. Não sei o que é.

Talvez seja o mar, brilhante e vibrante, enquanto aconchega o sol.
Não sei. Tudo o resto é alcatrão e carros.
Só pode ser da conjugação das minhas partes favoritas da Natureza (sol e mar) e da minha natureza (descontracção sem racionalização).

A magia sublima e completa-se com o percurso através do Guincho.
O vento aparece, triunfante, mas o que deslumbra os sentidos é mesmo a cor do mar (infelizmente não muito ilustrativo pela foto - a máquina tem dias e ainda não a domino...)... Um verde extraordinário!
Mas não é um verde qualquer. É um verde de tons azulados, se é que me faço entender (só o perceberia vendo, para ser sincero).

Mas para a viagem ser MESMO completa, falta ir mais além. Falta percorrer o resto da estrada até Sintra. E aí sim, o dia conquistado.

A concretizar...

E há coisas fantásticas que se descobrem quando a única opção no auto-rádio são as estações de rádio...



PS: Por vezes a felicidade é tão simples, não é?

EXISTENCIALISMO FUGAZ, ou a Sociedade a curto-prazo.

Há algo de estranho nos filhos dos pais ou nos pais dos filhos. Estranho ou algo já tomado como exemplo, vitima da natureza crua e bruta em que hoje se vive.

O senhor nos seus 60/70 anos enganou-se e carregou no botão na paragem do autocarro. Na paragem seguinte - na que queria realmente sair -, antes de dar por terminado a sua viagem, por entre palavras impedidas de as captar por estar com o meu leitor ligado, percebo inicialmente um educado e delicado "desculpe o engano na paragem anterior..." (interferência sonora do meu leitor juntamente com o "vá, ande lá, deixe lá isso" de uma senhora (?) nos seus 30/40 anos) "...boa noite, obrigado e continuação de bom trabalho".

Sei como a senhora era. Não importa agora identificar as suas características. O que me desperta é precisamente o constante desrespeito que tem vindo a crescer perante os outros. Não sei se é dos tempos que correm (e que nunca mais voltarão atrás) em que a paciência parece ser uma palavra extinta, parecendo haver uma libertação ou autorização para apontar o dedo, criticar tudo o que mexe, como que sendo sinal (mais que óbvio, parece-me) de uma cada vez maior frustração pela incapacidade de viver as coisas simples. Tudo e nada se quer, garantindo desde logo uma inexplicável, inconsciente e constante insatisfação.

Se hoje temos o que temos é porque os pais "rebelaram-se" contra e perante a educação dos seus pais (avós dos filhos) e os filhos rebelaram-se precisamente na mesma proporção contra os pais. E o resultado está à vista. Ganhou-se um à vontade tal que respeito é algo que muito poucos hoje sabem o que é. Culpados há muitos. Vítima há uma só: a sociedade a curto-prazo.