As crianças é que sabem.

Utilizava eu esta frase para comentar um texto alheio. E nada mais verdadeiro. Elas é que sabem!

Se o mundo fosse governado à base da mentalidade de criança como seria?
Vem-me imediatamente à ideia o "Senhor das Moscas". Seria gravíssimo, não? E violento? Por certo.

Se bem que hoje já se vive um tanto à base do mesmo conceito, ainda que mais de um ponto de vista psicológico.

Vi há muito pouco tempo atrás um estudo acerca de atletas fora-de-série, em que se mostrava que o talento inato é algo subjectivo porque estava se provava (e penso que davam como exemplos - e não só - o Federer, Tiger Woods e creio, o Michael Jordan) que para chegar a esse patamar era preciso não só muito trabalho mas que começassem desde muito cedo, como foram os casos.

Eu nunca quis ser bombeiro. Nem médico, nem polícia nem austronauta.
A primeira e única coisa que disse querer ser - na idade em que toda a gente pergunta o que o puto quer ser quando for grande, claro - era ladrão. Verdade! E é pena. Se ao menos os meus pais me tivessem incentivado o suficiente, hoje seria um ladrão de renome.
Claro que não seria burro como o Madoff, por exemplo. Ainda por cima adorando eu praia e sol, não estaria por certo a viver noutro sítio que não num qualquer paraíso fiscal...

Há que ouvir as crianças.
Elas é que a sabem toda.
Pode não ser agradável mas é verdade.

É preciso é compreensão...

Ainda o texto anterior e após uma pequena troca de comentários tomei conhecimento do 'Princípio de Peter' (ignorância a minha, shame on me). Quem não sabe aqui fica a definição breve, pelas palavras sucintas da Pronúncia:
«Num sistema hierárquico, todo o funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência.»

Faz cada vez mais sentido a cada dia que passa. Quanto mais porreiros formos, maior será a probabilidade de se ser bem sucedido.
Quem explica isto de forma brilhante é o Esteves Cardoso, já no longíquo 91 (se não estou enganado), no texto "Os Caras de Cu". Aliás, brilhante e incrivel é a semelhança dos seus textos dessa altura acerca da realidade de então com a realidade de hoje.
Tenho para mim que viajou do futuro para os escrever.

Não consigo perceber como pode haver tanta gente desinteressada. Ninguém está para se chatear.
É tudo deixa andar, "não te preocupes", "quem o meteu cá que o ature", "não tenho nada a ver com isso" e por aí fora...

Como? Porquê?
Será do clima? Será que torna as pessoas assim tão comodistas a esse ponto?

Eu daria um péssimo chefe. É certo! Tenho a certeza que ninguém gostaria de mim. Até os engraxadores e os lambe-botas me detestariam assim que percebessem que as minhas botas não precisariam de graxa e muito menos de saliva... Provavelmente os patrões também não, com a quantidade de indemnizações que tinham que pagar constantemente.

É tudo demasiado cansativo, desgastante. Cada vez mais tenho vindo a perder a fé nas pessoas (felizmente há, ainda, muitas excepções).

Só espero que isto se passe somente no meu local de trabalho. Assim o desejo (mesmo sabendo a resposta, quero acreditar que não sei).

Talvez isto tenha que ir parar às mãos do BE, os humanistas, para ver se vamos abaixo de vez. Pelo menos vamos felizes inconsientemente em fumos...

Peace and Love, brothers and sisters. Yeah...

Se Vénus é complicada, que dizer de Marte...?

É impressão minha ou quão mais alto é o cargo (e consequentemente o ordenado) menor é o nível de responsabilidade?
E porque é que quando alguém é criticado por algo que não fez ou não fez bem, vai sempre buscar o pior modelo em vez de pegar no melhor exemplo de profissionalismo?

A partir de hoje acabou-se! Quando afundar, afundou.

É isso e o Euromilhões!
Não volto a jogar enquanto não me sair o primeiro prémio (ou o segundo, vá...).

Vénus e Marte

(À terceira é de vez...)

Somos realmente diferentes. E ainda bem, senão a piada em conhecer e compreender (será que o conseguimos?) o sexo oposto seria - acho - nula ou muito reduzida.
As mulheres são efectivamente de Vénus e os homens de Marte.

É interessante constatar a forma como homens e mulheres apreendem um mesmo texto. Claro que a amostra é relativamente pequena, mas ainda assim é curioso reparar que as mulheres viram um texto fatalista e sério (e o mistério começa a desfazer-se, retrospectivamente falando...) enquanto que os homens foram mais no sentido pretendido para o texto.

Como disse, acredito que se os sexos não diferissem tanto, os contactos, as conquistas, as relações - todos estes na amizade ou no amor - não teriam metade da piada.
Seria como comer uma bola de Berlim sem açúcar, em casa sozinho, enquanto se vê o «As Tardes da Júlia».

Pessoalmente adoro a sua presença, as suas conversas, a forma de estarem, sem as quais já me é difícil estar. É também por isso que já não dispenso determinados "blogues de gajas"...
E certas "parvoíces" só fazem mesmo sentido com as mulheres.

Algo que tenho pena é não ter irmã. Mas pelo caminho lá me foram aparecendo para ficar, tanto na família como na amizade, quem foi capazes de ocupar esse "posto", não por carência mas sim por capacidade e personalidade para o efeito.

Quanto ao que penso em relação a vós, mulheres, é melhor não partilhar mais do que já fiz. Apenas sei que não sou o único a pensá-lo.
O MEC que o diga (creio até que houve um Sacana que também fez uma referência há uns tempos atrás - desculpa se estou a abusar...).
Ou vocês que o leiam...
Mais do que isto não posso. Já abri a cortina num dos anteriores textos. Até porque convém ser cada qual a percebê-lo.
Para o bem (acredito) ou para o mal...

PS: Espero não estar a comprar nenhuma guerra... ;)

Passar ou não a mensagem...

... eis a questão que ficou desfeita, se é que a havia.

Ao invés de responder aos caríssimos comentadores, um a um (à excepção do johnny - e do LBJ à última da hora - que, se a minha inteligência não me atraiçoou, responderam dentro do espírito da coisa), do texto anterior no devido sítio, achei ser esta a melhor forma de o fazer, isto é, dedicar este meu tempo precioso (hum, hum...) com quem o merece e quem merece, com toda a certeza, resposta em jeito de post.

Eu bem que tentei, mas quando a opinião geral joga contra mim, tenho que reconhecer (publicamente) que não sou - ou fui - capaz de o fazer.

Tentando aplicar ao texto um certo humor perante o "fatalismo" da "guerra dos sexos", ao mesmo tempo que chamava o filme 'Idade do Gelo" à baila e o quão divertido foi assistir ao mesmo, vi-me encalhado numa encruzilhada - esta sim - fatal. E que melhor exemplo do encantamento relativamente ao sexo oposto pode ser dado que o do pobre Scrat?

O objectivo passava por divertir-me e, quem soubesse, divertir.
Melhores tempos - ou textos - virão.

Espero que não se importem de responder-vos desta forma em vez de o fazer na caixa de comentários.
Vá, agora idem dormir (ou almoçar ou lanchar ou jantar, dependendo da hora a que cheguem aqui) descansados que apesar de muita coisa, o meu estado de espírito ainda está aí para as curvas...

PS: Ainda assim, mantenho a vontade de mudar um pouco o padrão de contexto neste espaço. Há que treinar e tentar e errar e por aí fora...

Evidência...

"Foi nesse preciso momento, enquanto jogávamos ao 'bate-pé' esperando pelo toque para a aula, que percebi que jamais assumiria o controlo das situações."

Sempre tive para mim que não somos mais que peças de xadrez. Desde muito cedo, desde que tomei contacto pela primeira vez que tive a noção que nunca sairíamos vencedores, por mais fortes que fossemos, por mais barulho que fizéssemos. Podemos acreditar que sim, escondendo-nos atrás do ego e do orgulho, mas no fundo, no fundo...

Por mais que queiramos, por mais que nos esforcemos, as possibilidades de sucesso são inversamente proporcionais à certeza do insucesso.
Contra os "olhinhos" e as demais "armas", a força e a vontade são inúteis.



Aqui a tese 'tentativa e erro' simplesmente não se aplica...

Não estou com isto a reconhecer a "derrota". Estou somente a reconhecer o extraordinário, a magia e a beleza. E o meu encantamento perante tais "símbolos"... E no fundo, a agradecer por isso.

O líder/motivador nato...

Para qualquer queixa ou crítica (ainda que pertinente, com razão e/ou construtiva):

"Se arranjares um trabalho melhor não te prendas a este".

Assim dá gosto...

PORTUGAL PROFUNDO, politiquices em 90 segundos

5 notas de despedida - será? - do mundo político. Como será natural, tudo do que falarei aqui já aconteceu maioritariamente durante as minhas férias, esperando que amainasse o burburinho para dizer de minha justiça.

1ª - O regresso ao delírio político tinha obrigatoriamente que passar por isto (que há muito desejava trazer para aqui):

O que representará isto? O que terão os responsáveis de marketing do PS ou do Primeiro-Ministro tentado transmitir com este cartaz?
Rodeado só de mulheres, leva-me a concluir das 4, 1:
- Ou o Sócas vê apenas as mulheres como a força motriz para isto ir para a frente e que os homens são mera paisagem, ou...
- Está confiante em relação aos votos dos homens e pretende suscitar a curiosidade nas mulheres de Portugal levando-as a votarem nele ("se ele tem tantas, por alguma coisa há-de ser..."), ou...
- Então está numa de anúncio publicitário tipo Axe, mostrando aos homens que votarem nele é ser cool e que conseguirão ter mulheres aos seus pés caso o façam ou...
- Está mesmo numa de garanhão a mostrar à Ferreira Leite que escusa de apelar indirectamente ao voto feminino.

Seja o que for, o que marca realmente o cartaz é aquele olhar matador, hein meninas?

2ª - A declaração/opinião em jeito de defesa de Pacheco Pereira no programa Quadratura do Círculo afirmando que não se deve levar à letra o que Manuela Ferreira Leite diz, que se deve fazer uma interpretação especial das suas palavras. Talvez isto seja retirado um tanto de contexto, mas o essencial não foi tirado.
Quem vai votar PSD ponha o dedo no ar.

3ª - "Exijo um pedido de desculpas do Ministério Público à minha pessoa.", Isaltino Morais.
Olha, eu exijo mas é um pedido de desculpas do Ministério e principalmente da Justiça e de quem a legislou a mim e a (quase) todos os portugueses que assistem e pagam esta palhaçada toda.
É engraçado como estes ditos senhores (estou agora a incluir o Dias Loureiro) preferem ser vistos com idiotas ou burros perante a opinião pública. Um "desconhecia" que estavam a passar um terreno para seu nome em Cabo Verde ao assinar um documento, entre outras coisas, incluindo uns sacos coloridos... O outro pensava, também entre outras coisas, que quando se falava num tal BI, se falava no Bilhete de Identidade. Já estou a imaginar o pensamento: "O Bilhete de Identidade está em apuros, coitado...!".

4ª «O presidente do governo regional da Madeira quer proibir o comunismo em Portugal».
O que dizer...? É o Alberto João e está tudo dito. E vindo isto de um acérrimo defensor e exemplar da democracia...
Deus me livre de algum dia levar com a governação do BE ou do PCP, mas se estão lá é porque cumprem tal como todos os outros.
Interessante é o PSD no meio disto tudo.

5ª A minha preferida e mais ansiada, os corninhos do Pinho (até fizeram um trocadilho com o nome do homem).
Vamos lá a ver uma coisa. Ofenderam-se as virgens parlamentares. Porquê?
Não foi há relativamente pouco tempo que o PSD perdeu uma votação no parlamento porque os seus deputados (pagos pelos contribuintes) se ausentaram para um fim-de-semana prolongado? Não são eles que - pagos e bem pagos por nós - defendem não haver plenários à sexta para poderem ir para "fora"? E estarei enganado ou há bem pouco tempo passou uma proposta de financiamento dos partidos para um milhão de euros em dinheiro, que só não foi para a frente porque o Cavaco a vetou?
Isto sim é que é vergonhoso! E isto só falando dos mais recentes...
Ofenderam-se porquê?
Ofendam-se é pelo péssimo serviço que prestam ao país...

Se voltarei a falar do mundo político? Não sei, dificilmente o farei, é chato, esse mundo.
Mas nunca digo nunca. O que por si só é uma estranha contradição (ou mesmo uma negação da negação), se nunca se deve dizer nunca, porque se utiliza o "nunca" no início da frase para expressar que não se deve usar o "nunca"? Ou será aquele "nunca" um derradeiro "nunca"?
(Já repararam que ao repetir a mesma palavra vezes sem conta ela como que parece perder o sentido?)

Isto foi mais 90 minutos que 90 segundos... (Parabéns por teres chegado até aqui).

EXISTENCIALISMO FUGAZ, ou o sonho acordado.


Até onde vai a capacidade de sofrimento, a "paciência" e a força de uma pessoa perante as adversidades?
Até onde vai a persistência para agarrar os comandos, onde estarão os limites, até onde irá a força da alma e qual será a dimensão do coração de uma pessoa para não desligar, pura e simplesmente, o sistema?

Uma barreira a seguir à outra.
Ainda não se suplantou uma e já está outra ao alcance da vista.
A auto-estima tem mesmo que ser imensa (ainda que escondida), a força de vontade ainda maior. Só pode!
E o pior não são os obstáculos.

Quem se lembrou de dizer que "o que se consegue sem risco não compensa" ou "nada nesta vida que valha a pena é fácil" não devia saber muito bem o que são barreiras, obstáculos nem pedras. Muito menos devia saber o que é ter família que é arrastada no sofrimento que envolve as tais coisas que valem a pena. Ou então referia-se somente a algo aparentemente impossível de conquistar à partida.
É preciso ser-se especial, creio...

"(...) És único e especial."
O que faz de uma pessoa normal, uma pessoa especial?

Único sei que todas as pessoas o são. Ninguém é idêntico, logo todos são únicos.
Mas especial?
Especial, para mim, é quem contra tudo e contra todos (incluíndo a própria) vinga na vida. Que se surpreende a sí própria perante determinados resultados.
Especial é alguém que apesar de tantos disparates por parte de outrém, continua a querer o bem desse mesmo outrém, querendo também a sua felicidade.
Especial é alguém que lutou e luta por aquilo que quer. É alguém que não desiste, que mantém o sorriso apesar de tudo...
Especial é quem não se queixa pelo que não tem, mas sim que enaltece tudo o que tem.

Então o que é que faz de mim um ser único e especial?
Nada, excepto quem me rodeia.

A Humanidade e a sua "biodiversidade" - Efeitos nocivos

Não bastando a crónica insatisfação, pode sempre acrescentar-se a crónica tristeza.

Já não bastavam os filmes de terror que puxam pelas mentes perversas, pelos medos mais profundos que assaltam o inconsciente e que provocam os maiores arrepios e, precisamente, terrores;

Não bastavam os filmes que usam o sexo como arma de captação de audiências (onde já se viu, por exemplo, um padre "perder-se" por uma Soraia Chaves qualquer? Por miúdos ainda vá que não vá...). Até porque ninguém sabe o que aquilo é. Coisa obscena, essa do sexo!
Já agora, porque será que não se enaltecem os filmes de cariz pornográfico, tendo em conta o exemplo do coito interrompido que desde sempre usam?;

Não bastavam os filmes com tiros, facadas ou simplesmente o uso das mãos, tudo em troca de violência gratuita, que os meninos são tão facilmente influenciáveis. E por falar em violência e miudos, já me esquecia dos video-jogos, esses instrumentos do demo;

Não bastavam os filmes de guerras (se bem que a esses parece-me que ninguém aponta o dedo...);

Já não bastavam "Os Malucos do Riso", "O Jornal Nacional de 6ª (categoria, presumo) Feira" ou os programas apresentados pelo João Baião ou pela Merche Romero;

Já não bastava o alcóol, o tabaco, os ácidos, o açúcar, a gordura, a pastilha-elástica, a falta de exercício físico, a ausência de legumes na alimentação, o sol, o stress, as borbulhas e todos os demais malefícios...

Temos agora que afinal as Comédias românticas são más.
Ou pelo menos não são tão positivas como se pensava, dizia ou sentia.

E porquê, perguntam vocês?
Sinceramente não sei mas há quem saiba. Segundo os especialistas (adoro quando não me lembro dos responsáveis pelas afirmações e só recordo o que li a partir daí) destas matérias, parece que a ideia implícita do "e viveram felizes para sempre" é negativa.
Principalmente para os casais. Porque estabelecem padrões de felicidade e realidade irreais, principalmente (pasmem-se!) para as mulheres.
E porque sugerem que para lá daquele encontro ou reencontro de ambos os corações, tudo será fácil e mais nenhuma barreira se lhes atravessará.

O que é falso.

Surgirão os filhos. E com eles a dura discussão sobre que nome lhes atribuir. E que tipo de educação a dar.
Depois vêm os problemas financeiros; os problemas de drogas com os filhos (que - ia-me esquecendo - são mais feios que o Alberto João, o que constitui logo ali a base da insatisfaão crónica); o desemprego - dos pais e, no futuro, dos filhos; a menopausa; a queda da beleza física da mulher, a qual leva o homem a perceber que afinal não ficou com ela por outros motivos que não físicos; traições conjugais; impotência sexual (o que afinal não deverá levar à traíção, pelo menos por parte dele); e por aí adiante até que a morte os separe...

Não será possivel tornar a nossa existência ainda mais infeliz? Claro que é!
No meio disto tudo só faltam mesmo os filmes de humor e comédia.
Porque não devemos rir, porque, como tudo na vida, a boa disposição é passageira e o destino do ser humano é o sofrimento.
Porque o que rimos hoje, choramos amanhã.
Porque não é só feio mastigar de boca aberta. É feio de qualquer maneira. E porque os sons que são emitidos não se coadunam com as regras de etiqueta.
E porque podem sempre saltar uns resquícios de saliva, o que com a Gripe Suína (desculpem mas não me agrada a A, demonstra falta de criatividade) não é muito bom...

"C'hórror, rir!"

Uma coisa é certa, eu não deixarei de ver as Comédias-românticas. Logo eu, um Comédio-romântico-dependente!

Só um aparte, quando foi que esquecemos que os principais formadores e educadores de pessoas são os pais das mesmas e não a sociedade? (E não me venham, por favor, com a história de não haver tempo e o stress e tretas do género...)

O Trio perfeito!

Está completo!


Cada um com o seu estilo. Cada um mais parvo que o outro num ciclo infinito e vicioso. Para consumir desenfreadamente.

A Humanidade e a sua "biodiversidade"

Vamos lá a despachar que não há tempo! (diz, parecendo que andamos sempre a cumprir religiosa e escrupulosamente os nossos deveres profissionais - as if!).

Que rica!
Há os homens e as mulheres. Gente diversa.
Gente alta, baixa, magra, gorda, assim-assim.
Gente bonita, feias e cinderelas. E as que passam despercebidas.
Há as que têm no seu físico o seu forte e quem tenha na mente a sua espada.
Há as bem e as mal dispostas.
Tatuagens, piercings e afins.
Diferentes estilos de indumentária. Penteados para todos os gostos. Música para todos os ouvidos.

Só para aflorar alguns...

A Humanidade permite milhões de permutações. A sua diversidade é imensa - excepto estes putos que de repente parece que descobriram o ex-estilo beto de Cascais e que são mais do que deviam ser... - tornando-se, se não culturalmente, pelo menos visualmente rica.

Mas é por aí que se fica.
E daí advém a definição (a minha) de melting-pot, ou seja, a uniformização:
- A insatisfação crónica.

Se não há saúde é porque não há e é um desgraçadinho.
Se a há é porque tem um trabalho e não um emprego e de lá não retira qualquer prazer.
Se tem um emprego, não recebe o suficiente.
Não se podendo queixar da remuneração, é o chefe que é um chato e está sempre a moer-lhe a cabeça e não ganha o suficiente para andar sempre a ser o mesmo a levar com a carga toda.
Se não é por isso é porque não tem namorado/a.
Se por acaso o/a tem, é porque é com aquele/a do outro lado da rua que seria feliz.
Se não é por isto é porque está um calor tremendo e o faz transpirar apesar dos 3 quilos do tal desodorizante em que supostamente se enfrenta 1001 obstáculos e ainda assim se chega ao encontro imaculado, ou porque não pára de chover, o que a deixa triste.

Se é porque sim, é porque não é porque não e vice-versa.

Mas se tem tudo que o/a completa, algo está mal porque isto de correr tudo bem é atípico e alguém anda a conspirar contra si e mais vale preparar-se para o pior.
Ou isso ou é o Benfica que não sai da cepa torta. Pode ser que com o [Jorge] Jesus...

Falando em Jesus. Vem-me à ideia a religião.

"Não és religioso/a? Tens que ser!"
"És religioso/a? Sou!"
(E então em jeito dos putos a compararem tamanhos) "O meu Deus é maior e melhor e mais poderoso e mais sábio que o teu. Infinitos! Disse primeiro!"

E então vai bomba. Porque sim.
"Porque eu sou superior a ti. E o meu estilo de vida é diferente e bem melhor que o teu."
"E já agora, atiro-te uns quantos homens-bomba ou bombardeio-te (em retaliação) uns quantos prédios porque a cidade é minha!"

E partilhar, não?

"Partilhar? Vocês estão doidos??"

Sim, sem dúvida que é melhor rebentarem-se uns aos outros.

Ou isso ou rebentarem convosco próprios. Não há nada melhor que os amigos fármacos para elevar o espírito...
É interessante que hoje ao mínimo gesto negativo, levam logo com o "distúrbio de personalidade". E nada mais fácil do que aviar uns quantos anti-depressivos do que andar a perder tempo. É mais giro andar ca moca. É fashion.

Por falar nisso, gostaria de propôr uma experiência interessante aos "meninos" e "meninas" desta nova geração Xanax, insatisfeita e vazia (com o expoente máximo e culturalmente importada do lado de lá do Atlântico, digo eu). Que tal fazerem um intercâmbio social com, sei lá... Alguns jovens da Somália? Ou da Etiópia? Ou preferem a Palestina? Parece-vos bem?

Para finalizar num aparte, cujo filme merece um texto próprio, eis um dos melhores trocadilhos que vi em muito tempo, porque só pode ser visto desta forma (e não só esta questão):




PS: Continuo a questionar se Deus existe (para além de nós próprios). Aos poucos vou saindo desta casca de agnóstico para dar numa de ateu. É que há algo que não bate certo (e a isso hei-de ir, quando souber escrever). Ou então alguém o apanhou desprevenido (ou a dormir) e soltou o que não devia...

Crónica de uma férias (muito) bem gozadas.


O ínicio das ditas. Agora juntem-lhe 16 pessoas, churrasco, sardinhada, música e tudo mais. Deu para tudo, até para uma sessão de pólo aquático de 5 contra 5...

Monchique

Praia do Alemão em Portimão (a foto não é minha - infelizmente. Se necessário for, retiro-a). É daquelas praias (pelo menos o periodo em que lá estive) que tem uma pessoa a cada 10 metros de distância...


Beja, a terra da minha linda e melhor amiga, B.


I'm I dreaming...
Or am I really flying?


A Treze o que é de Treze. Coincidências...

Para quê ir lá para fora quando há tanto por explorar e conhecer cá...?

PS: A propósito, Pronúncia, "o mais velho" foi precisamente ontem. Mais uma mistério que se vai desvendando... ;)

EXISTENCIALISMO FUGAZ, ou o regresso, os momentos e a volta ao mundo em 365 dias.

Parece que estou de volta. E vivo. Bem mais vivo, diga-se. E mais velho também.
As saudades já eram muitas (mas não deixei de vos visitar...)

Hoje (e só hoje) sou uma reunião de momentos, vivências e experiências acumuladas ao longo de vários Verões (prefiro o Verão à Primavera...).
Sou um aglomerado de alegrias e tristezas - quero acreditar que são mais alegrias que tristezas. De emoções. De sonhos cumpridos e de muitos mais por cumprir.

Cada vez mais acredito que a vida é a soma de todos os momentos vividos. Mais que um caminho que se toma. Ou que se planeia.
Pelo menos é assim que vejo a minha ao vê-la retrospectivamente. E é assim que quero vivê-la.
Quanto mais a planeei mais ela me saiu furada... Quando menos esperava, estava a fazer algo que fora tudo menos o planeado. E começo a sentir que "ainda bem por isso".

Tenho vindo a percepcioná-la dessa forma. Tenho vindo - ainda que muito lentamente, agora com tendência a ser mais rápido - a sentir que apesar de nada (ou quase nada) se conseguir sem esforço também nada se consegue sem aquela disponibilidade, aquele espírito de aventura.

Toda a minha vida até há bem pouco tempo foi sendo talhado através de uma limitada condição que mais tarde ou mais cedo se imporia a tudo o resto, levando-me a colocar em causa muita coisa, numa espécie de deriva num extenso mar de questões, perdendo muito tempo e oportunidades com isso, deixando com isso escapar muito do bom que a vida tem para dar.

Todos temos sonhos. Os meus não sei se se concretizarão alguma vez, pelo menos todos quantos tenho, mas aos poucos vou-os realizando.
Um deles há muito pretendo (ou melhor, pretendia) realizar. Desde que me conheço que o desejava.
Sempre o imaginava como a melhor sensação possivel de ser alcançada. Não sei porquê, talvez por ser extremamente "visual" (e atrevo-me a dizer criativo), mas sempre tive para mim que seria a sensação de maior liberdade e libertação que poderia alguma vez alcançar.
E o meu instinto não me desiludiu. Aliás, não me preparou convenientemente para aquilo que se iria suceder no que toca a esse sentimento, sensação, emoção ou aquilo que lhe quiserem chamar. Talvez seja mesmo uma espécie de todos em um.

Cumpri um dos meus sonhos mais antigos. E foi... Não há palavras para o descrever.
E daqui para a frente nada será mais com dantes.
Um dia acontecerá, mas enquanto tal não se verificar, cá estarei, a desfrutar, com conta, peso e medida.
Já que o que tem que ser, tem que ser, porque não "esperar" em grande?

Apesar daquilo em que tanto cremos, nada nesta vida é garantido, nada pode ser tomado como certo e tudo deve ser encarado como se fosse a primeira vez que tomamos contacto (seja na amizade, no amor, na profissão de cada um ou em tudo quanto nos rodeia - parem um segundos para reflectir verdadeiramente sobre tudo quanto vos envolve) .
Tudo deve ser vivido.
Nada nos resta se não esperar pelo momento M e ver o que há a fazer e não "sofrer por antecipação".
Faço um tremendo esforço por levar isto bem a sério. E porque não podemos estar sempre lá em cima, também há os momentos baixos. E são estes que devem ser "combatidos" com esse esforço porque, acima de tudo, como alguém me disse, "a vida não é um fatalismo". É sem dúvida, para ser vivida. Com quem nos quiser acompanhar. Só esses interessam.
Esforço e sinceridade é tudo quanto é preciso.

Quem diz isto é alguém que naturalmente já fez muito disparate mas que felizmente vai aprendendo com as experiências (boas e más) e não alguém sábio ou perfeito (muito pelo contrário).

Aconteça o que acontecer, já ninguém me tira a melhor sensação do Mundo! (talvez pilotar um fórmula 1 esteja lá perto).

Nota: Aquele riso (sim, é riso, não posso chamar àquilo sorriso) e todo e qualquer gesto é desculpável porque a partir de determinado ponto a parte racional deixa de funcionar e entra em acção a emoção. Só a título de exemplo, duas horas depois estava ao telefone com o meu irmão e não parava de rir e falar e vibrar e tudo mais. Estava simplesmente eléctrico! E já agora, se puderem desviar os olhinhos da minha cara, agradecia. É que sou tímido...



Tremendo!

Nota final: Queria deixar aqui os meus agradecimentos às pessoas por detrás disto e um abraço especial ao João e ao 'Ya'.

PS1: Peço desculpa pela escrita, mas há "muito" que não escrevia e foi o que saiu...
PS2: As férias não podiam ter sido melhores e melhor foram por ter estado "afastado" do nosso pequeno país e do Mundo e por ter "perdido" tanta coisa. Por exemplo, só soube dos "corninhos" do Pinho quando já ele não estava em funções (mas sobre isto falo depois...).
PS3: Para além do que fiz o que o video demonstra, ofereci-me também isto (finalmente!):