É o Mundial...
Os "ses" são das coisas mais banais e futéis que há, tanto no futebol como na vida. Bastava o Meireles ter marcado naquele lance contra o Brasil e hoje o Queiroz era tido como um génio da estratégia.
Mais uma vez reforço, era a Espanha. Simplesmente a melhor equipa do Mundo (mesmo que não saia vencedora). Só um louco ou um cego é que após o jogo consegue descortinar um equilibrio qualitativo entre as equipas.
E meta-se de uma vez por todas na cabeça, do outro lado estão igualmente 11 jogadores e não um campo vazio com um tapete estendido.
(Sobre o jogo e a campanha da selecção no Mundial falarei no fim do torneio)
É o Mundial...
Vou usar agora o sempre apropriado e saudoso reflexo para estas ocasiões:
É a vida.
E a vida continua.
É o Mundial...
Sou uma pessoa curiosamente estranha. À partida para o que quer que seja raramente acredito no que vou fazer ou sequer aposto (1€ que seja) em mim. É uma espécie de suicídio diário da pessoa que mais amo (empatado com umas quantas outras, confesso) neste mundo, eu mesmo. Mas o que acontece é que quando acontece o que é suposto acontecer - acção, seja ela qual for - lá estou eu, a fazer o que tenho a fazer como se fosse tão natural como respirar, a acreditar, anda que inconscientemente, em mim e nas minhas capacidades (ainda que tenha que dar aquele salto qualitativo no que à influência e "manipulação" concerne). É estúpido. Mais que isso, é muito estúpido. Ou demasiado estúpido, só para fazer passar a ideia.
Isto leva-me à nossa selecção neste Campeonato do Mundo.
À partida (como alguns se lembrarão) não acreditava num percurso de sucesso no torneio. E à luz de uma análise racional, é difícil (ou mesmo impossível) acreditar, por variadas razões que não são para agora chamadas.
Mas lá está, tal como quando empatámos com a Costa do Marfim (coxos, para os cegos que vêem futebol) disse de imediato ao meu irmão que íamos vencer ao Brasil (não aconteceu, mas podia ter acontecido, tal como também podíamos ter perdido), também agora acredito que vamos ganhar aos espanhóis. Até porque há qualquer coisa de extra-futebol que se cria quando defrontamos a Espanha.
É apenas isto que para muitos é ridículo e que para poucos faz todo o sentido e que acaba por determinar o sucesso destes no que for - acreditar. Acreditar quando tudo leva para o sentido contrário.
Dê por onde der é esta a minha sina, no fundo, no fundo, ainda que à superfície haja aquela desconfiança, acreditar incessantemente.
Mais logo lá estarei eu bem atento, à espera de "encavarmos" os espanhóis. Tem que ser!
É o Mundial... (Adenda do post anterior)
Se antes do jogo somos os maiores e os principais candidatos a conquistar o mundo (seja no que for), já no fim - e com um resultado aparentemente desfavorável - somos inversamente os piores. Ou porque "não jogam nada" ou porque "são vedetas", ou "só são bons a ganhar dinheiro" e por aí adiante.
Gostei particularmente do "os gajos não devem sequer ter desfeito as malas".
Claro que há quem durante o próprio jogo consiga transpôr a barreira do ridículo intervindo com "ai que agora é que eles (os adversários) marcam" e, pior que isso - aconteceu-me - torcerem (sim, torcerem) pela Costa do Marfim.
Decidam-se de uma vez! Estamos lá, não estamos? Então que raio...?!
De uma coisa tenho a certeza, se o queixume pagasse dividendos, Portugal era um país riquíssimo. Provavelmente o mais. Agrada-me (ironia) este país em que todos são os melhores, mais competentes, mais inteligentes e sábios mas que por algum motivo insiste em arrastar-se lá no fundo da classificação.
Pois, é das chefias. E dos outros. Esses malandros...
É o Mundial...
... Que o Cristiano vai jogar em equipa. E que vai jogar à base do primeiro toque e também da recepção e passe.
Que vai libertar os restantes membros da equipa e permitir um futebol fluído.
Que vai somente ser individualista e explosivo nos últimos 20 metros.
É o Mundial...
Precisamente!
São necessários todos os dedos das mãos para os contar.
Como disse o meu irmão: "É tudo à grande!"
É o Mundial...
Pois, estou a dar em maluco. Pelo menos é o que aparenta.
É o Mundial, senhores, é o Mundial...
Não me faltava mais nada senão ter que tirar o som da televisão.
Fique a saber o cabrão que teve a "brilhante" idéia da corneta que já tem uma macumba lançada sobre ele.
Agora pergunto: Como consegue o idiota que sopra na dita ver - com olhos de ver - o jogo?
É o Mundial, senhores, é o Mundial...
É o Mundial, senhores, é o Mundial...
Quando toda a gente anda a bater nas vuvucoisas vem este gajo meter aqui um video pertencente à grande responsável pela disseminação das ditas.
Isto tem somente a ver com dois motivos.
O primeiro é que não poderei juntar-me ao resto da malta naquela encosta algarvia (alguém me diga qual é, já agora) para fazer os nossos jogadores sentirem a "energia positiva" para os levar mais longe. Não irei porque os jogos coincidem com as horas laborais (os holandeses é que a sabem - ainda dizem que o tuga é que é manhoso) e porque a energia para me levar lá está algo cara e tenho que poupar para quando os Jogos Olímpicos e/ou o Mundial se realizarem cá.
O segundo motivo centra-se mais no plano técnico-táctico e da histeria histérica (tinha que o fazer) dos analistas desportivos cujas duvidas se centram na discussão da titularidade entre o chorão e o chorão-acrobata.
Ora, segundo o reclame televisivo, tanto um como o outro estarão no 11 inicial, a ver pelo pontapé de saída.
E agora vejam lá se vão todos soprar naquela coisa laranja, sim? É por uma boa causa. E vai na volta até se encontram umas pessoas interessantes. E apanham solinho. Que faz bem ao corpo, desde que não seja em excesso.
Eu até faria o mesmo - tendo em conta que tenho vista para o Tejo - mas como não abasteço na Galp, é complicado (e agora, senhor Presidente, como é que eu fico, tendo em conta que não consumo produto nacional?)
Adenda (de última hora): O Simão será o titular. O Nani lesionou-se e foi trocado pelo Ruben Amorim (jogador de características idênticas).
Esta notícia negativa não impedirá, de forma alguma - ainda que a minha preocupação (sim, que não tenho mais nenhuma na vida) quanto ao sucesso da nossa equipa tenha aumentado ainda mais - o texto seguinte. Já está programado e tudo. E, tal como o comboio de grande velocidade, já há acordos assinados e não há volta a dar.
É o Mundial, senhores, é o Mundial...
Inspirado pelo texto do Eusébio acerca do circo que aí vem (ainda bem, digo eu), tomei uma das mais importantes decisões do dia (isto para não dizer do mês ou mesmo do ano) - a partir de hoje até ao dia 11 (inclusivé) do próximo mês não abordarei qualquer tema que não tenha a ver com o Mundial de Futebol.
Assim sendo, quem passar por cá passar e pensar que aqui só se fala de futebol - perdão, Campeonato do Mundo de futebol - estará de facto a pensar correctamente.
(E se puder, será à Luis Freitas Lobo. Mas só se puder)
E porquê, perguntam?
Porque sim! Porque quero e posso.
E porque toda a gente gosta. É um facto!
Até aquele intelectual, que boceja enquanto escreve acerca das suas mil e uma dúvidas quanto à natureza do jogo e se interroga como pode o ser humano gostar de ver 22 desgraçados atrás de uma bola, gosta.
É só sobre isto que vos queria informar.
"Mais um filme de tiros, piadas fáceis e em que os bons saem sempre ilesos das piores e mais inverosímeis situações".
Sim, mas... "Uma seca, é o que é". Errado!
Não há como explicar. Só vivendo na altura. Só revivendo a adolescência se explica a minha obrigação de ver o filme (por pior que seja e por mais longe que estejam as personagens deste em comparação com as originais).
Ainda falta, eu sei, mas que querem?
É o Esquadrão Classe A (ou como dizia um grande amigo meu, Esquadrão Glaciar. Em brasileiro, claro - que fica qualquer coisa como Esquadrão Glaciá. Compreende-se a confusão...).
Nota: Eu felizmente sou do tempo do 'A-Team' ou 'Soldados da Fortuna' - quando nem reparava que milhares de tiros eram disparados e nenhum atingia quem quer que fosse.
Hum... Isso por agora não interessa.
Também eu me sinto no direito (direito? Sim, direito) de falar nesta guerra de blogadores (parece-me uma palavra terna). E então aqui vai a minha opinião:
Após exaustiva reflexão e explanação da coisa, há a reter o essencial - não sei bem o quê em concreto mas acho que fica algures entre o "Mas porquê?!" e o "Ah!, está certo...".